Saturday, 17 May 2014

Silvia Paula Jentsch (1942-2010)


I met Silvia Paula in mid-1966 when I was 17 years old. We became fast friend immediately. Silvia's parents were from German extraction. Her father migrated to Brazil from Germany in the 1920s. Her mother Paula Sawade was born in São Simão-SP from German parents. Paula had an older brother called Fritz who migrated to the United States circa 1929 and never came back to Brazil except for a few short visits. Fritz Sawade was an auto-mechanic by trade and must have made a few bob in Mount Vernon-N.Y.

Fritz was a very affectionate brother who never forgot his baby sister. He never missed sending Paula a Christmas card. Here's Fritz's 1950 Xmas card. Although Fritz spoke Portuguese very well he preferred writing in German. His wife Irma spoke mostly German even though she had also been born in Brazil. Their kids Ingrid Carol and Freddy could not speak Portuguese so they spoke German to their relatives whenever they came to Brazil on vacation.
Liebe Paula, Otto, Silvia und Roberto! Ein Recht Frölichen Weihnachten und ein Recht Glückliches und Gesundes Neues Jahr senden Euch mit Herzliche Grüsse, Fritz, Irma, Fredy und Ingrid. New York, Dez. 1950.
Silvia circa 1964

Silvia Paula Jentsch
* 1st February 1942
+ 13 August 2010

the Jentsch-Sawade tomb at Cemiterio Christo Redemptor on Avenida Dr. Arnaldo, S.Paulo. 
Frederich Sawade * 12 August 1878 + 13 October 1947; 
Carolina Sellmer Sawade * 28 October 1879  + 31st December 1954;
Otto Jentsch * 20 September 1903 + 8 May 1991; 
Emma Sawade Scherrschmidt  * 28 February 1915;
Paula Sawade Jentsch * 27 July 1917 + 24 November 1998. 
Little church Divino Espírito Santo, on Rua Frei Caneca, 1047, where Ursula organized a 30th Day Mass in remembrance of Silvia on 13 September 2010. There were a few of Silvia's friend like Malú (Maria de Lourdes Pelaes), Soninha (Sonia Maria Oliveira), Myself, Ursula and a few others I wasn't acquainted with. 

7 September 2010 

Da conversa com a Ursula fiquei surpreso de saber que Cleide, uma amiga de Silvia que frequentava sua casa desde os tempos da Vila Clementino, se tornara a segunda amiga mais importante dela (logo depois da Ursula) no final de sua vida. Eu nem conheci essa Cleide pessoalmente. Não sabia que ela tinha sido tão amiga assim.

Ursula disse que Silvia escondeu seu tumor-de-mama durante o tempo todo. Silvia dizia que já o tinha há 3 anos. Em outra parte da conversa Ursula diz que Silvia dizia que já tinha há 5 anos, o que nos remeteria à 2005. Silvia chegou a mostrar o tumor para algumas amigas, com expressas ordens de não contarem a Ursula, pois não queria ‘preocupá-la’, já que esta sofreu muito com a morte da mãe em condições parecidas. Na verdade Silvia não queria que Ursula soubesse, pois ela a pressionaria para ir procurar um médico.

Silvia já tinha me dito sobre um ‘crescimento’ que ela tinha do lado do seio, mas que achava que era uma ‘secreção sebácia’, tanto que depois de um regime que fez, o tamanho diminuiu. Esta foi da última vez que eu a vi, talvez em Março 2009. Nunca imaginei que tivesse havido uma ‘continuação’ e que o ‘crescimento cebáceo’ era um tumor cancerígeno. Nunca suspeitei que Silvia estivesse ‘disfarçando’ a verdade. Tomei a palavra dela como ‘final’.

Na verdade esse ‘crescimento’ não parou e com o passar do tempo. Silvia achou um acupunturista japonês que lhe fez aplicações até haver um ‘vazamento’ do tumor, o que ‘provava’ que ela estava ‘sarando’. Essas sessões de acupuntura devem ter acontecido durante o resto do ano de 2009.

Em Janeiro 2010, Ursula notou que Silvia tossia muito e sugeriu que fosse a um médico, pois poderia ser pneumonia ou tuberculose, mas ela retorquia que era apenas um ‘resfriado’ e estava tomando chá de orégano.

A esta altura Ursula, através de conversas com amigas em comum acabou descobrindo que ela tinha esse tumor na mama que já tinha ‘vazado’, e segundo Silvia, estava ‘limpando’. Tinha nódulos na mama. Úrsula e Cleide marcaram consulta com médico especialista para uma tomografia ou coisa assim, mas Silvia desmarcou tudo quando chegou perto do dia.

No dia 2 de Junho, 4ª feira, véspera do feriado de Corpus Christi, depois de muita tósse e já com falta-de-ar, Silvia, finalmente, saiu de casa e foi sozinha até o Instituto Clemente Ferreira. De lá, foi encaminhada para o Pronto Socorro da Santa Casa, onde quiseram interná-la imediatamente, mas ela disse que não podia, pois tinha gatas etc.

De volta ao seu apto, Silvia telefonou a Ursula, relatando o acontecido, dizendo que tinha consulta p’ra manhã seguinte, 3 Julho, e que se não voltasse, para a Ursula usar a chave do apto. para cuidar das gatas. Silvia voltou as 16:00 horas do feriado e contou tudo que os médicos falaram para ela: que estava com cancer do pulmão avançado, que era sério; e que faria uma punção para drenar a liquido acumulado lá.

Ursula diz que dessa primeira visita à Santa Casa até sua morte em 13 Agosto, foram 2 meses e 10 dias.

Ficou internada 2 ou 3 dias para fazer essa tal de punção e voltando p’ra casa, resolveu arrumar toda a papelada e documentos. Foi com Ursula até o Cemitério do Redemptor para mandar exumar os corpos do sr. Otto e dona Paula, pois senão não haveria lugar para o cadáver dela. Procurou um advogado para cuidar de tudo e já doou muita coisa para várias pessoas.

Silvia ficou internada 3 semanas durante Julho 2010. Foi submetida a quatro punções durante esse período, tendo sido retirado dois litros de líquido do pulmão da ultima vez. Ursula e Cleide a visitavam diáriamente.

Perdeu 14 kg. e estava parecendo um cadaverzinho (Ursula’s words). Tomava Tilex de 6 em 6 horas – contra a dor. A pressão do líquido no pulmão fazia doer o peito.

Os médicos sabiam da gravidade do caso. Disseram que até poderiam fazer uma quimioteria, para aumentar sua vida em um ano, mas Ursula acha que ela não aguentaria nem a primeira sessão. Também citaram uma tal de pleurodesio, rotina cirurgica em que ‘pregam’ (colam) a pleura ao pulmão para evitar a entrada de liquidos. Mas era muito tarde para qualquer operação paliativa.

Voltou p’ra casa no domingo, 1º Agosto. Não perdeu o apetite e quis que Ursula comprasse pizza e a macarronada do Shopping Frei Caneca. Ainda escreveu cartão para o primo da Alemanha contando que estava com cancer-de-mama e já no fim. Ursula ajudou-a a redigir o cartão em alemão e o postou no dia seguinte.

O retorno ao hospital tinha sido marcado para 9 Agosto, 2ª feira. No domingo, 8 Agosto, Silvia estava ofegante e sentia muito cansaço. Ursula diz que um médico amigo seu disse que o cancer no pulmão produz coágulos que se alojam na veia cava. Ursula, notando sua debilidade, sugeriu que fossem até o P.S., mas Silvia disse que não era necessário já que 2ª bem cedo, Cleide viria buscá-la para levá-la à Santa Casa, como já marcado.

9 agosto

– 2ª feira – Cleide e Silvia vão ao Pronto Socorro da Santa Casa para consulta as 7:00 horas. As 19 horas, qdo. Ursula chega ao hospital, Silvia ainda estava sentada esperando resposta dos médicos se internava ou não. Ursula fala com uma das médicas, meio que intimando uma atitude e a médica dá um jeito: Silvia fica e Ursula volta p’ra casa dela.

10 agosto

– 3ª feira – Ursula vai à SC e descobre que Silvia está internada na unidade semi-intensiva, devido a falta de leitos ‘normais’. Não é permitida visita na semi-intensiva.

11 agosto

– 4ª feira – Ursula chega no horário de visitas – 14:30 a 15:30 – e encontra Silvia sentada na cama, ofegante. Não podia ficar deitada devido a falta-de-ar. Respirava com ajuda de balão de oxigênio. Tinha sido feita mais uma punção e Silvia disse que era horrível. Enfiam um tubo pela boca até o pulmão para, como um aspirador-de-pó, drenar o líquido p’ra fora. Silvia disse que não ia conversar muito pois dava falta-de-ar.

Médica abriu o jogo com Ursula, dizendo que não havia mais o que fazer, pois o cancer tinha avançado demais no pulmão. Essa foi a ultima vêz que Ursula viu Silvia ainda consciente.

Depois da morte da mãe de Ursula, Silvia, que acompanhou o caso, perguntou-lhe se a mãe tinha sofrido muito para morrer, e ela repondeu que não muito, pois qdo. a dor era demais, ela pediu para que sedassem a mãe. Silvia até perguntou se isso não era eutanásia, e Ursula disse que não, embora nós saibamos que, na realidade, é.

12 agosto

– 5ª feira – Ursula foi visitá-la e a assistente-social avisou que ela estava sedada. Depois ficou sabendo que a propria Silvia tinha pedido aos médicos para ser SEDADA.

Depois a médica contou p’ra Ursula que Silvia disse: ‘Pelo amor de Deus, me sédem!’ Pediu para ser sedada. Os médicos, que não estão acostumados com um pedido desses, ainda tentaram convencê-la de que ela poderia fazer mais uma punção. Silvia respondeu: ‘Para que? Para voltar tudo no dia seguinte?’ O grupo médico ficou comovido com a atitude da paciente. Um dos médicos jovens saiu chorando para procurar ajuda psicológica tal o drama. O médico particular da Ursula disse: ‘Grande mulher essa!’ O pedido de sedação foi escrito no prontuário junto com específico ‘diktat’ de não deixar ninguem visitá-la a não ser as 4 mulheres que acompanharam o caso.

Ursula pediu para ficar do lado da paciente por um tempo e deram permissão. Ursula conversou um pouco e ao dizer que suas gatas Jade e Samira já estavam com ela e sua irmã, ela ouviu um ‘hum’ vindo da Silvia que estava em coma induzido.

13 agosto

– 6ª feira – Silvia expira as 6:30 da manhã.

Ursula, que não estava acostumada com hospitais públicos, teve que descer ao necrotério para reconhecer o cadáver. Saindo dali, foi com Cleide até o Cemitério do Araçá para escolher caixão. Não sabia onde fazer o velório, e depois de decidir que o entêrro seria no mesmo dia, soube que poderia fazê-lo no próprio Redemptor. Pagou a taxa de velório, mais a taxa de exumação dos cadáveres de Otto & Paula, que ainda não tinha sido feita. O corpo, já no caixão, chegou as 13 horas e o entêrro foi as 17 horas. Miriam não foi. Cecília, a pintora japonesa foi. Ernesta e seu sobrinho adotado Rafael também.

from left to right: Luiz Carlos, Walter Teruo Tsutsui, Luiz Amorim, Sandra Regina Pisani, Maria de Lourdes Pelaes & Silvia Paula Jentsch.

Looking closer at this photo taken in mid-1967 at Walter Tsutsui house on Rua Girassol, in Vila Madalena I can only admit that we were very hard-working members of the Rita Pavone Fan Club. Walter himself holds the sleeve of Pavone's US album 'The International Teenage Sensation' while Maria de Lourdes Pelaes holds the Italian pressing of 'La vostra Rita', that I had receive through the Air Mail not long before this meeting. 

All the other members were holding posters of Rita which had been printed on Italian magazines that would find their way into São Paulo and Rio's newsstands as of mid-1966. Those imported magazines were relatively dear for teenagers like us but we managed to buy them somehow. 

Estava prestando atenção nessa foto tirada na casa do Walter. Aquele LP "La vostra Rita" era meu; tinha recebido por Via Aérea da Itália não fazia muito tempo. As fotos da Rita eram recentes, do próprio ano de 1967, não eram minhas. São 4 albums diferentes. Ali estava o QG dos fãs de Rita mais informado do Brasil. Como a gente trabalhava duro para conseguir esse material. Foi um tempo imemoriável.

E pensar que um ano depois, 1968, tudo mudaria radicalmente. Rita sairia da RCA; a música Anglo tornaría-se majoritária no Brasil; Rita casaria com o empresário. Tudo mudaria naqueles próximos meses.  Nós não tínhamos a mínima noção que estávamos no olho do furacão. 

Até minha amizade com o Walter terminaria ali. Aquele Incontro foi a derradeira atividade de Fã Clube quee aconteceu. Em 1968 eu serviria o Exército...um ano perdido. Em Dezembro de 68, apareceria o AI-5! Tudo escureceu!

Essa foto mostra o último instante de felicidade que vivemos antes de cairmos numa realidade dura.

Maria de Lourdes Pelaes 
* November 1948
+ 19 March 2018

Vera Castellani wrote at FB on 17 May 2018: Sim, Malú estava doente há alguns meses, até que foi submetida à uma cirurgia do intestino, mas devido a seu estado bem debilitado, não agüentou. Faleceu no dia 19 Março 2018... muito triste. Muita falta está nos fazendo.

Walter Teruo Tsutsui  
* 22nd August 1947  
+ 16 April 2021.

Walter died of complications of Covid-19. He told Wilton Belintani over the phone since the outset of the Covid-19 pandemic he was very careful not to mingle with crowds and avoided to go out of doors needlessly. The only time he went out was once a week on street-market day (feira-livre) next to where he lived but even so he tried to go early when there was not many people milling around. 

We don't know how Walter got infected with the Corona virus. After he was already in hospital, he sent a message to Doris Castro saying he was not really bad. A few days later, Doris got a message from Guilherme his youngest son telling her Walter was on a ventilator and the doctor said there was nothing else they could do for him. Very sad. 

Rua 13 de Maio corner with Rua Conselheiro Carrão with Church of Our Lady of Chiropita; Silvia rented an apartment at a building on Rua Dr. Luiz Barreto from which one could clearly see the back of this Church. It was in 1967

Saturday, 19 April 2014

Dear Geography Teacher

I had a lot of school teachers during my life but it's so hard to remember their names. I don't think I could remember more than a few names.

Eli Piccolo's name I can recall because he had a Geography book published. I decided to look up his name at Google and was surprise to see his name at my first try.

So here's Mr. Eli Piccolo's book still being sold at Mercado Livre and his name perpetuated for ever more.


Eli Piccolo's Geografia do Brasil, the book I remember having followed for a couple of years.


Éli Piccolo was 'catedrático do Ginasio Estadual Professor Ascendino Reis' in Rua Tuiuti, at Tatuapé  and Renato Stempniewski 'catedrático do Colégio Estadual e Escola Normal Padre Manuel da Nóbrega'.


Renato Stempniewski and Eli Piccolo's Geography book for Brazilian High School (Gimnasium)


A 1a. turma que se diplomou do G.E.Prof. Ascendino Reis na escadaria da Catedral da Sé, em 1956.

leia mais em: http://alotatuape.com.br/?p=1134

O Ginasio Estadual Professor Ascendino Reis, no Tatuapé, foi criado em Dezembro de 1952, com aulas começando em 9 Fevereiro 1953. Em 31 Janeiro 1957, instalou-se o curso científico e em 1958, o curso clássico, transformando o Ginásio em Colégio Estadual.