Friday, 13 December 2013

Friends from Sydney 1980s

 back in Sydney, Australia, in the 1980s.

Gays against the Bicentenary - 200 years of oppression and bad taste!  - Sydney, Summer 1988. I am the second from the left in the back row (wearing a brown hat); spunky Neil is the red-head, second from the right in the back row. Ken Davis is the blondie on the right in the forefront.
Dean Lombard under the Sydney Harbour Bridge, in 1989. Photo taken by Luiz Amorim. 

Ena knocking off work around 3 PM
Bob Sellars waiting for Ena to come out work after another hard-working day at Royal Prince Alfred Hospital in Camperdown, Sydney.
Ena is almost catching up with Bob... Australia Bank's in the background.
it was a lot of fun working with these guys... Robert J. Sellars migrated to Australia as a post-WWII refugee-child from the UK; Ena Jones migrated as an adult never having lost her Cockney accent, love.
Bob & Ena getting their hard-earned-cash from a teller-machine...
Bob, Ina & James at the media-room... RPAH.

Wednesday, 27 November 2013

Totó Faria 1982

Antonio Carlos Faria (Totó) 
* 5 April 1951 in São Paulo
+  10 July 1998 in São Paulo 

Totó Faria & Maria Loch in the mid-1970s.
Totó (Antonio Carlos Faria) and  Sissí (Silvia Paula Jentsch)

Totó Faria or Antonio Carlos de Faria was a good friend of mine. I answered an add recruiting fans for a fan club dedicated to Italian rock singer Rita Pavone I had seen at teenybopper magazine 'Revista do Rock' in late 1965. One day in early 1966 I went to visit the Fan Club and discovered that it was only a small house where Totó lived with his mother and a younger brother. Totó was the Fan Club itself. I was 17 and Totó was 15. 

When I arrived at Totó's place I met his mother Tina, who was very nice to me and said her son was not home because he worked as an office-boy at a stationery shop on Rua Afonso Celso. While I was there, dona Tina showed me some of the mail Totó had received answering his add at Revista do Rock. There were hundreds of letters so I copied some of the addresses and wrote letters. Some of these people answered me and soon we had a network of Rita Pavone fans that would meet personally. 

I had a natural instinct to connect people with similar musical tastes so in a few weeks I met some of those people I had written to and a real 'fan club' sprang up of that. Silvia Paula Jentsch was the most enthusiastic of them all and we sort of built up our fan club around her. 

As time went by we grew out of Pavone and our friendship became really solid. In the 1970s I movedo to the United States, and in the 1980s I migrated to Sydney, Australia.

This is the transcript of a cassette-tape Totó sent me to Australia in late 1982 telling me about cultural life in São Paulo. Brazilians were still living under a military dictatorship which had been crumbling for a few years and would finally come to an end circa 1985 - 3 years later. 

29 September 1982 - Wednesday

Aiii (longo suspiro)... Lú, vamos à nossa gravação! Tenho a impressão de que estou falando sozinho... ah ah (dona Tina, mãe do Totó, ri junto). Sabe que tá parecendo? O programa da Hebe Camargo quando ela fica falando sozinha no radio, dando risada feito uma tonta! A tua fita foi ótima. Ela chegou no mês passado. Veio o aviso num dia e eu fui pegar num sábado, que o Correio fica (aberto) até meio-dia. Aqui ninguém recebe carta da Austrália. Acho que eu sei porque sua fita não chegou. A moça do Correio pediu para ficar com o selo. Essa fita é boa, TDK 180 minutos. Procurei fita de 90 e só encontrei de 60 minutos. 

Você começa a fita falando da morte da Elis Regina, como você ficou sabendo. Este ano estão indo as grandes mulheres. Estava vendo a Grace Kelly, muito bonita. A Veja tem uma mania agora de colocar a pessoa no caixão, inclusive na capa; isso fica muito feio. Quando a Elis morreu eles colocaram a Elis morta na capa e ninguém gostou. A gente quer ter ideia do artista quando está vivo. Aliás, não só do artista como qualquer pessoa. Não vai morrer alguém da família e você vai querer tirar fotografia do defunto p'ra poder ver o defunto no caixão; não tem cabimento. 


Elis Regina 1982

Ontem o Jô me falou que as mulheres bonitas estavam morrendo esse ano. Não sei se você ficou sabendo aí, a Marcia de Windsor também morreu este ano. Morreu de ataque cardíaco. Parece que virou moda todo mundo morrer de ataque cardíaco. É, ou trânsito mata ou ataque cardíaco mata. Ela foi encontrada morta no hotel que estava hospedada; tava trabalhando aqui em São Paulo, na Bandeirantes. Acho que novela. Minha mãe está confirmando. E também participava do juri do Flavio Cavalcanti. Chacrinha voltou p'ra Globo e o Flavio tem um programa diário: diariamente das 9 até as 11:30 da noite. 

Marcia de Windsor

No Natal - semana que o João do Pulo sofreu acidente? Não sei (pergunta p'ra dona Tina), inclusive ele passou o Natal no hospital. Campeão de salto triplo, foi ser paraninfo em Ribeirão Preto e voltou de noite p'ra São Paulo; uma pessoa entrou na contra-mão na estrada e depois de mais de 6 meses naquela agonia - muito ruim no hospital - ele, que foi campeão de salto-triplo, teve a perna amputada.  Cê vê que parece até uma ironia do destino porque a perna, praticamente era o instrumento de trabalho dele. Então, eu acho que meio que foi um negócio meio chato o que aconteceu. 

Mas esse ano aconteceu muita coisa ruim. Você que gosta de musica caipira, então eu estava me lembando a Inhana da dupla Cascatinha & Inhana, que também se foi no começo do ano.
Cascatinha & Inhana

Ah, agora vou deixar esse negocio de gente que morreu, falar de quem está vivo, que é mais importante, né! Que a hora que a gente morrer, ninguém vai falar da gente mesmo. Ah, deixe-me ver, eu anotei algumas coisas aqui.

Teve aqui o Festival Nacional das Mulheres. Não sei porque nacional, sendo que as mulheres que mais se destacaram eram internacionais. Então nós recebemos aquela mulher assim, uma líder operária da Bolívia, ela está exilada na Europa - Domitila Barrios. Não sei se você já ouviu falar dela. Dizem que o livro dela, 'Se me deixarem falar', fez muito sucesso na Europa. Esse festival foi organizado pela Ruth Escobar. Ela é meio maluca, né! 

Esse ano ela ja fez um festival de teatro, uma loucura; saiu briga na porta do teatro. O dia que eu fui - fui p'ra ver a Marieta Severo, mulher do Chico, né! Ela fazia uma peça aqui; teatro super-lotado e aquela confusão na porta do teatro... E ela movimentou toda a cidade, que em vários teatros tinha gente participando. Não sei se você se lembra em 1972, 1973, ela tinha feito um festival também - um grupo de Portugal - e todo mundo criticou. Onde já se viu trazer cultura importada! Mas sei lá, ela agita. Inclusive ela é candidata a deputada. O único problema: ela é candidata pelo PMDB.


Leila Mícolis
Cassandra Rios 

Foi coisa movimentada; só mulher participou. Teve Leila Mícolis; encontrei com a Leila Mícolis. Teve Cassandra Rios. Era tudo que as mulheres fazem: fotografia, teatro, literatura, tudo feito por mulheres estava nesse Festival. Estava no Circo Mal-Me-Quer, um circo que está montado na Praça Roosevelt, no Teatro Ruth Escobar. Na Praça da Sé também teve uma coisa. No Club Homs eu vi tudo pois é em frente de onde eu trabalho. Então eu saia na hora do almoço e sempre ia ver alguma coisa. É lá que estava a maior concentração, pois os debates foram lá.


Club Homs na Avenida Paulista.

Muita gente ficou contra a Ruth, dizendo que ela tava fazendo campanha política, mas você não via uma faixa sequer sobre politica. E isso já estava programado desde o começo do ano. Eu acho ela uma mulher muito corajosa; fazer as coisas no Brasil do jeito que ela faz, sem ajuda do governo né, é muito difícil. Tudo é muito caro. Teatro custa caro. Cê vê, uma peça de teatro ultimamente está custando Cr$ 1.500.00. Quem é que pode ir ao teatro com 1.500 cruzeiros? 

O cinema - hoje estou de férias - eu passei no Centro e entrou 'Calígula' - e eu achei um absurdo - o mesmo cinema que ontem custava 200, 400 cruzeiros - hoje está passando 'Calígula' por Cr$ 800.00. É muita coisa. 



O teatro não é como o cinema; você faz uma fita e fica passando anos e anos e dando uma tremenda bilheteria. Como é o caso que está acontecendo agora. Existe um filme muito mais - diria - escandaloso - é com sexo explícito, mais que o 'Império dos sentidos' - que ficava só aqueles dois alí - aqueles dois japoneses - não sei se você chegou a assistir. Brasil copia tudo. Surgiu uma porno-chanchada no estilo de 'Império dos Sentidos' com vários contos. O pessoal fica assim bobo dentro do cinema com as coisas que você vê. É a tal abertura, né! que a gente não entende. Tem um monte de filme proibido. Tem um filme, 'Estado de sítio' não é; 'P'ra frente, Brasil', um filme sobre as torturas no Brasil, está proibido. Depois estava para ser lançado. No dia de ser lançado ele foi proibido. Agora está 'lança-não-lança'. 'Das tripas coração', também da Ana Carolina, que já foi p'rum festival na Europa - tá também 'lança-não-lança' e tá proibido, e se passar, vai ser com cortes. E no entanto, você vê nos filmes por aí com coisas absurdas.



Eu acho que eu embolei tudo. Falei de cinema nacional, Festival das Mulheres, tudo junto.

Bem, ainda não consegui falar com a Sissi. Falei com ela uma semana antes de sua fita chegar e tinha comentado que você tinha mandado uma fita para ela. No aniversário dela, deixei 2 mensagens na secretária-eletrônica. Na fita ela disse que andou viajando. A fita acabou e muita gente ligou e nem foi gravado nada. Ela anda cheia de serviço. Cê sabe que o negócio dela é ganhar dinheiro, né! e agora está chegando o fim do ano... Eu vou ver se entro em contacto com ela e mostro esta fita que você mandou, que ficou muito interessante. Foi gravada no dia 4 e 8 de agosto de 1982 - hoje é dia 28 de 9 (setembro) - já passou 1 mês. 
Silvia Paula Jentsch AKA Sissí

Eu acho que não vou terminar de gravar esta fita - não é por preguiça, não. É que eu preciso re-ouvir sua fita pois foi muito longa. Carta eu faço assim: eu vou lendo e respondendo; aliás, todo mundo faz isso, né! Talvez, no dia que completar 2 meses que você gravou sua fita eu terei colocado esta aqui no correio; espero em Deus que chegue aí bonitinha; que não roubem aqui, né! Roubar com selo brasileiro vai ser meio difícil, né!

Eu não tenho tido contato com a Xuxú e Neidinha; não vejo desde o começo do ano. Foi em Janeiro que ela estava me agradecendo do cartão postal que eu tinha mandado da Argentina p'ra ela; agradecendo o cartão de Natal. Eu estive lá e não voltei mais. Eu devo um disco para ela; que me pediu emprestado o disco do Cauby Peixoto e eu não levei p'ra ela gravar; ela deve estar louca da vida comigo. Betcy e Raquel não tenho visto mesmo faz muito tempo. Já bem antes d'eu sair de férias - eu saí de férias em Setembro de 1981 - eu estive com elas em Agosto de 1981 - quer dizer que já fez 1 ano já.

N'outro dia me apareceu no serviço a sobrinha da Lucinda, me falando que a Lucinda vai voltar (da Itália); que ela está trabalhando, fazendo pesquisa na Alcântara Machado, aquela firma de publicidade que funciona o prédio onde eu trabalho. Não deu tempo da gente bater papo; ela estava chegando de Manaus.

Depois vou te colocar algumas músicas como você fez, se bem que eu não canto; vou gravar os últimos sucessos que você não conhece. Se bem que não está acontecendo nada de novo. Por exemplo, você fala que quando você saiu daqui em Agosto de 1981, a moda era cantoras. Surgiu um monte de cantoras na mesma época, né! Ângela Ro Ro, Zizi Possi, Joana e não-sei-mais-quem. A maioria já sumiu. Ainda quem continua fazendo um sucesso relativo é a Joana, que lançou um long-play novo onde ela aparece nua na capa, que, aliás, não tem nada a ver com aquela figura dela, né! Que ela está mais para Maria Bethânia do que p'ra Rosemary, aquele tipo de cantora sexy, um tipo de coisa assim... mas, novidade não tem nenhuma.

Você se lembra que tinha aquele MPB-Shell? Esse ano teve um, que o Emilio Santiago ganhou; mas as músicas eram tão ruins, tão ruins, que a Globo, eu tô vendo na Veja dessa semana, vai fazer agora os festivais da maneira antiga, como eram feitos na Record, p'ra poder surgir gente nova. Agora, eu não sei, a cabeça do pessoal não está muito boa. Aqui não tem nada de novo em termos de música. Acho que a gente parou no tempo do Caetano ainda. Acho que a coisa mais nova que existe aqui é Ney Matogrosso, né! Mas ele não é compositor, então não é uma proposta nova. Ele re-cria aquilo que dão p'ra ele, né! É bem diferente. Então, não tem, realmente, nada de novo aqui. 

Outro dia liguei p'ra tua casa e falei com tua irmã, aliás, foi antes da tua fita chegar. Foi um bate-papo rápido. Aliás, a hora que eu tiver um tempo, eu preciso ir lá na tua casa. Eu não sei se tenho anotado o nome da rua, porque ali deve ter mudado muito, né! Então é um lugar que vai crescendo. Eu me lembro quando você estava com hepatite eu fui lá com o Pedro e nós acabamos descendo no ponto errado (ri!). Ficamos andando! Descemos do ônibus e depois pegamos outro ônibus. Não sei se você se lembra. Estava ameaçando um temporal assim terrível. A pior coisa é você estar num lugar que você não conhece e cai um temporal. Um tempo assim escuro, terrível. 


Ahhhh! No começo da sua fita você fala sobre o Carnaval. É engraçado, todo ano, eu e você, a gente sempre se encontrava na Banda do Pedaço, né! Aliás, você não é muito de carnaval. Eu acho que fui eu que te levei p'ros carnavais, né, porque de-repente eu encontrava e a gente saia pulando, gritando no meio da rua. Esse ano eu saí na Banda do Pedaço e na Banda do Redondo. Aliás, o Bar Redondo está fechado; sei que estão reformando; não sei se vão re-abrir. É uma coisa engraçada, que tem coisa que fecha p'ra reforma e, eu não sei que diabo de reforma que é, que nunca mais abre, né! Não sei se quando você saiu daqui o Cine Olido já estava fechado p'ra reforma. Iam transformar em 3 salas; mas olha (estala os dedos 3 vêzes), já vai completar 1 ano, acho, e ainda continua reformando.



O Carnaval foi muito bem. Encontrei com o Josué, que estava dançando. Eu ia sair numa escola-de-samba e depois não fui. Fica tudo muito caro. Eu ia ganhar uma fantasia - numa escola nova - não sei que escola é - o Jô que tinha me arrumado; ele, inclusive, saiu nessa escola, mas acontece que eu viajei p'ra casa da minha tia (no Paraná) e o dia que cheguei aqui era feriado e a negrada não quis saber. Aí teve um outro dia que eu tinha que ir experimentar a fantasia - não me lembro se eu estava na escola - eu sei que eu saí e não deu tempo de encontrar o pessoal; o pessoal foi e eu acabei perdendo - e eu não saí. 

Eu pulei uma noite no Medieval - aliás, é a 1a. vez que eu entrei lá, né! Nunca tinha ido lá. Pulei uma noite no Oscar Wilde , aquele gay-club que existia antigamente; aliás, foi um lugar assim muito mixuruca; assim, um baile muito podre. O Medieval, sim, tava muito gostoso, muita fantasia, foi muito bom. Agora, o Gay Club eu não achei muita graça, não, porque estava vazio, embora eles distribuíram muita filipeta pela rua dando direito p'ra pessoa pagar metade do preço, mas chegando lá dentro tinha uma meia-duzia de gato-pingado. A única pessoa conhecida que eu encontrei lá dentro foi o Wilson Roberto e o ... ai, como chama mesmo aquele rapaz que anda sempre com ele? Meu Deus... o Bira, né! Wilson Roberto e Bira! O Wilson Roberto agora resolveu trabalhar - ele está trabalhando no Mappin. Outro dia encontrei com ele na rua do Mappin. Ficou um tempão sem trabalhar; agora, parece que resolveu. Inclusive, domingo (26 Setembro 1982) eu voltei de viagem e estava dando uma volta pela cidade e acabei encontrando o Pedro - ele nem sabia que eu tinha voltado.

Você na fita falava do meu sobrinho. Ele está uma graça. Foi p'ra Manaus conhecer a avó (materna) dele e só volta no fim do ano. Eu vou mandar uma fotografia minha junto com ele. Tá todo mundo assim contente. É meu 1o. sobrinho ; vou mandar uma foto do batizado que tava todo mundo; tava Genival, Pedro. Só o Genival tirou quase 40 fotos porque ele terminou um filme e colocou outro. As minhas estão na maquina ainda porque ela bate 72 fotos. Olha que tirei foto aqui em São Paulo, tirei foto no batizado; fui p'ra casa de minha tia no Paraná e tirei um monte de fotografias e ainda estou na 50. Faltam 22 fotos. Aliás, vou te mandar aquelas fotos da passeata do ABC. Aquilo foi um momento histórico, importante p'ra gente. Vou ver se encontro o negativo. Você vê, tem tanto negativo aqui. Houve uma época que eu fotografava muito; então tem hora que estou perdido no meio de filme, negativo, essas coisas todas e não sei o que mandar, o que revelar, o que ampliar. 

Que época maravilhosa, não! Pois é, Lú, tem hora que me dá saudade dessa época - a gente tinha 15, 16 anos, né! Eu sinto que esta fita é de 30 minutos de cada lado e tá no fim, né! Eu tenho milhões de coisas p'ra falar. Algumas coisas eu não vou gravar em fita, não, porque não seria aconselhável, pois eu tenho certeza que se alguém ouvir você não vai receber esta fita. Então, anexa à essa fita, vou mandar uma carta contando uma porrada de coisas que estão acontecendo. Tem muita coisa p'ra gente comentar. 


Pedro & Carlus in Aparecida do Norte-SP circa 1978.

'Ticket to ride' com The Beatles, delícia, não? Ouça o Lula no Programa Político de radio; Lula lê nomes dos candidatos à Deputado Federal pelo Partido dos Trabalhadores. Bem, por aí você já vê quem são os nossos candidatos. Na sexta-feira (24 Setembro 1982) eu e o Jô fomos num comício do Lula lá na Vila Carioca. A gente estava andando assim com a estrelinha do PT p'ra baixo e p'ra cima. Eu tô pretendendo, inclusive, fazer uma campanha p'r'uma jornalista que eu gosto muito - ela escreve aquela coluna Feminismo na Folha de S.Paulo - Irede Cardoso. Eu vou fazer um trabalho p'ra ela. Ela é candidata à vereadora. Tá todo mundo fazendo campanha p'ro João Batista Breda - principalmente nas ruas, nas bocas. Quando você saiu daqui as bocas já tinham mudado - já tinha deixado de ser rua Vieira de Carvalho p'ra ser na rua Marquês de Itú, né! - que tá um inferno, uma loucura; mil bares abrindo, mil gente. E sábado (25 Setembro 1982) teve uma perua Kombi tocando músicas da Rita Lee, propaganda do PT e a bicharada toda dançando na rua - foi muito interessante. E o partido... (fim do lado A).


Carlus Maximus & Totó Faria in Aparecida do Norte-SP circa 1978.


Lado B:  Eu gravei, aumentei - se você olhar a qualidade do som está péssima pois esse gravador ainda está com problemas - eu limpei (o cabeçote) mas ainda não está bom. Bom, vou deixar de falar rápido conforme eu estava falando, que parece uma metralhadora tá tá tá tá da tá... Eu acho que sempre foi mania minha falar muito depressa. Uma coisa que estou notando: não gostei muito é do meu sotaque. Eu nunca gostei de ouvir minha voz em gravação. Toda vez que ouço eu fico assustado; fica assim uma voz horrorosa; de vez em quando eu tenho até uma voz assim meio Clodovil, né! Mas hoje não tá - hoje eu tô notando que tá um sotaque caipira. Aquele sotaque assim do interior de S.Paulo; aquele sotaque de Tarbaté; eu odeio aquilo. Mas, tudo bem!

Você pergunta o que estou fazendo atualmente. Eu fiz um curso de estética facial, mas tudo que faço eu não termino; o curso está parado há uns 4 meses. Tudo pago, tudo terminado e ninguém foi fazer prova. E como os alunos servem de modelos para o outro, tá parado. Eu me inscrevi agora no vestibular da PUC; tentar jornalismo na PUC; vou ver quando sai o vestibular da (Faculdade) Casper Líbero pois vou me inscrever. As provas dos outros vestibulares para 1983, vão cair todas na mesma data. Quase todas faculdades vão ter as provas nos mesmos dias. Eu não vou poder estar fazendo prova de manhã e prova de tarde. Em todo caso eu vou tentar PUC e Casper Líbero porque o que eu quero mesmo é fazer jornalismo. 

Você canta 'Iracy' do Carlos Gonzaga na sua fita e diz que eu não me lembro. É lógico que eu me lembro. Minha memória é ótima; cê que não sabe. E quanto àquelas músicas das várias Copas do Mundo  - todas que você cantou eu me lembro. Esse ano, 1982, teve; realmente, todo ano de Copa tem; inclusive deu um rolo com direito autoral. A música que mais tocou foi de um jogador, um tal de Júnior - um gato que é uma graça - que era assim: 'Voa canarinho, voa; mostra p'r'esse povo o que é vencer...' Um samba muito interessante. Saiu muita musica p'ra Copa do Mundo, mas, também, o dia o Brasil perdeu a Copa, a música saiu de cartaz, né! Como só podia acontecer!


http://www.youtube.com/watch?v=BMwylrSw4Zg  -  Junior canta 'Voa canarinho'.

Ah, eu ia tocar 'Onde está você?' com a Alaíde Costa p'ra você, que eu tenho o disco - na outra fita que for maior eu vou incluir essa música. 

Você fala do radio daquela São Paulo antiga; aquele radio maravilhoso que não existe mais, que dá assim uma saudade na gente! Hoje em dia, principalmente agora com FM - cada emissora que eu ouço, dá a impressão que é a mesma pessoa falando. Os locutores todos tem vozes iguais, não sei como eles conseguem. Coisa incrível! Eu estava no Paraná, na casa de minha tia há poucos dias e ouvia muito FM lá. Tinha hora que eu tinha a impressão que estava em São Paulo. Esquisito, né! você estando na roça, com fogão de lenha, com gente assim usando um palavreado todo típico - e de-repente você está ouvindo FM e dá a impressão que você está num shopping center; não tem nada a ver com a realidade de lá. Assim como são as novelas; todo mundo assiste a novela das Oito, aquele luxo; um negócio que não tem nada a ver com o que fazem no dia-a-dia. 


Eu anotei aqui uma coisa que ia te falar; essa é sobre o Josué. N'outro dia encontrei o Wilson Roberto, e perguntei; todo mundo perguntando: Por onde anda o Josué? Onde anda o Josué? E o Josué sumiu! Dizem que o Josué tinha tentado suicídio. Fiquei sabendo através do Wilson Roberto. Parece que a família dele ficou sabendo que ele era homossexual; coisa e tal e ele tentou o suicídio. E como ele ficou de saco cheio, pediu demissão de onde trabalhava. Se não me engano ele era funcionário público, não é? E parece foi morar no interior. Ninguém sabe nada dele. Deixou todos os movimentos. Dizem que desde a morte da mãe, ficou muito ruim da cabeça. Realmente, ele era muito ligado à mãe. Infelizmente, coitado, uma série de problemas acabou levando o Josué para longe do movimento. Não sei como ele está se virando fora, pois ele adorava muito aquela atividade toda que ele tinha - apesar daquele corpo dele ser gordo - relativamente gordo - corria de um lado p'ro outro. Fazia! Se desdobrava - aquela coisa que pouquíssimas pessoas conseguem fazer tão bem. Eu admirava o Josué justamente por ter aquela vivacidade de estar correndo de um lado p'ro outro, organizando isso e aquilo, feijoada no Movimento Negro, passeata não-sei-onde, boate e Banda do Pedaço.

Eu gostei muito de na sua fita você ter lembrado do Pagano Sobrinho. Ah ah ah! Eu acho que foi a primeira bicha no radio, né! É... foi sim! Eu gostava muito das piadas dele, 'Você tá bom?'. Eu via muito o Pagano Sobrinho; ele morava alí na Boca do Lixo; se não me engano era Rua Guainazes. Eu sempre o via na Avenida São João numa época, quando a São João não era esse horror de hoje.

Essa fita está meio embolada, pois é a primeira que faço. A proxima vai ser melhor. Na convenção do PT teve um show e um grupo, que não sei o nome, cantou uma música assim que era uma sátira aos italianos e falava em Rita Pavone. Achei interessante porque o pessoal de hoje-em-dia quase nem conhece Rita Pavone, né! E de-repente você vai num lugar de jovens... na época da Rita Pavone eles deviam ser crianças.

É, hoje eu era para estar na Argentina. Você sabe que eu tinha recebido convite novamente para ir à Argentina. Não sei se te contei. Bom, eu não tenho mais nada a ver com o Nestor, né! Eu acabei tudo com o Nestor; ele p'ra lá, eu p'ra cá; tudo bem! Eu conversei com ele só uma vez depois que a gente terminou. E esta semana eu o vi na rua duas vezes. Só fiz 'Oi!' Uma das noites ele estava com o Zezé. Insuportável! Aliás, eu não entendi pois ele vivia criticando o Zezé; mas anda com o Zezé p'ra cima e p'ra baixo.

Mas em Buenos Aires eu conheci uma pessoa maravilhosa; um... na realidade ele é um gran-fino. Ele não tem o que fazer, então escreve livros de poesia. Eu e Nestor ficamos hospedados na casa dele, numa cidade chamada Coronel Pringles, a 8 horas de Buenos Aires. Ele e a esposa organizavam festivais de arte na cidade. Mulher rica ou abre galeria-de-arte ou abre uma boutique, né! Eu tenho umas fotos onde aparecem eles e os filhos, que eram uma graça. Eu misturava português com espanhol e e brincava com as crianças o dia inteiro. Foi assim uma auê! Ele me escreveu - eu ia à Buenos Aires; estava tudo certo, mas você vê, dinheiro anda muito difícil , né Lu! Dinheiro tá assim triste. Nós vivemos numa crise tremenda. Quanto mais você ganha, mais você gasta. Eu ia p'ro Paraná e voltando, iria para Buenos Aires, mas depois houve um problema com taxação do dollar. Tá um inferno para você sair do país agora. Eu ia tentar levar em dollar esse ano p'ra poder render mais e tal. Mesmo o cruzeiro está muito cotado lá, mas ia ser um negócio cansativo e eu ia ficar duro, né! Ficar muito duro, e atualmente eu coloquei na cabeça: quero comprar um terreno ou comprar uma chácara p'ra lá de Santo Amaro, que é mais barato. A Argentina vai ficar para o ano que vem - 1983.  
Coronel Pringles, Provincia de Buenos Aires, Argentina.


Você relaciona o nosso movimento de fã-clube na década de 1960 com o movimento estudantil. É uma coisa que eu nunca tinha pensado. Aliás, essa tua fita está maravilhosa, né, Lú. Essa fita vai ficar guardada assim. Você sabe que tenho mania de guardar coisas, né! V. vê que tenho carta sua de quando você estava nos Estados Unidos. Acho que tenho ainda cartas do tempo do Fã Clube Rita Pavone de 1966. Depois, aqui, por falta de espaço, fui obrigado a jogar muita coisa fora, né! Eu ainda tenho algumas 'Revistas do Rock', a revista 'Intervalo' numero Zero, Pasquim, cartas da Sissi, uma carta da Claudete; foi a carta que você levou p'ra casa da Sissi, a razão pela qual elas se conheceram.
I had given Totó this Rita Pavone single for his birthday in 1967. One Saturday morning in 1999, I was at a flee market when I spotted it on a pile of 2nd-hand records for sale. At first I thought that Totó might have sold his old stuff but deep inside I feared Totó had actually died and had all this 'junk' put out for sale. I bought the record and rang an old friend of his who confirmed my great fear: Totó had died in the winter of 1998 - when I was in Sydney.
clockwise from upper left: Silvia, Totó, Irene & Malú at Christmas 1973.
Silvia Paula, Irene, Luiz Amorim & Totó Faria - Christmas night 1973.
Silvia Paula Jentsch & Antonio Carlos Faria.
Silvia & Totó. They had a special friendship that shows in this photo. He idolized her and she liked him very much. 
Antonio Carlos Faria & an unidentified friend at Silvia's flat on Rua Bela Cintra circa 1974.
Maria de Lourdes Pelaes, Antonio Carlos Faria & Irene.
Totó, Irene & Malú with some frieds at Praça da República's art & artifacts fair.
Germana & Totó at the artifacts market on Praça da República.
Antonio Carlos Faria & his faithful camera in the mid-1970s at Praça da República, São Paulo.
Pedro, Carlus Maximus & Dona Tina, Totó Farias' mother on the way to Aparecida's Church.

This was Totó's last abode: a flat on the ground floor of Rua Dr. Dolzani, 602, at Aclimação. 

Facts about Antonio Carlos de Faria 

The first and only time I visited dona Tina, Totó's mother, after I came to know he had died, she told me a few facts about his biography. Genésio de Faria was his father's name. He was a brick-layer and died in 1963, when Totó was 11 years old. They used to live in a house in Ipiranga then. Some time later, Tina who had to support 2 boys on her own, managed to move to a room in a tenement not too far from Rua Domingos de Moraes, in Saúde (the next suburb after Vila Mariana). 

Antonio Carlos' mother's real name was Dermantina Oliveira de Faria. She was born on 15 May 1931. She had an older sister called Marciolina who still lived in Arapongas-PR, born in 1919 or 1920. 

Dermantina, Totó and his brother lived at Rua Tucurí (Saúde) for 24 years. They moved there in 1968 and moved out in 1992, going to Rua Helena, where they stayed for 4 years. Finally they moved on to the flat on Rua Dr. Dolzani, 602, apt.1, at Aclimação, a street off Avenida Lacerda Franco, on 11 May 1996. Totó died there 2 years later.

Tuesday, 25 June 2013

Me & Julio down by the school yard...

Julio & Myself at the Christmas party at Fisk Schools in December 1978.

I met Julio Galvão in 1974, when I taught English at Escolas Fisk in Vila Mariana in São Paulo. He was a bright young man from Maranhão - the most northern Brazilian state - who had been educated in a Catholic seminary run by Dutch priests where he had the chance to learn both Dutch and English. Even though he had never lived in an English-speaking country he was pretty fluent in English and knew its grammar quite well. 

He was a likeable character and very popular with students and the secretaries Elena and Nezel. Julio was a natural. I was not! I actually didn't feel comfortable teaching English. Maybe because I wasn't sure about my grammar and too self-obsessed to be a good teacher.

Me and Julio hit it off straight away even though he was an Aries and I am a Taurean. I guess he liked the way I spoke English. Having lived in the USA and having come back recently I knew recent slangs and had the right intonations even though my grammar was not that good. 

Julio shared a flat with a Paulista boy-friend of his somewhere in Cambuci, a middle class suburb not far from Vila Mariana.

When I went back to the USA in July 1975, I sort of lost touch with Julio who continued teaching at Fisk's Vila Mariana school. 

When I came back to Brazil in 1977, me & Julio picked up where we had left off in 1975. Actually, Julio had moved to Rio de Janeiro where he had a brother (Raymundo) and sister (Poly) who shared a flat in Rocha, a suburb not too far from the city centre. 

When Julio and I met in Rio, I noticed he was not as happy and gay as he had been in São Paulo. In Rio he worked as a clerk in an office on Avenida Princesa Isabel, in Copacabana. He could not get a night-time English-teaching job - as he used to do in São Paulo - because the English-as-a-foreign language market in Rio was much more competitive due to the greater presence of native-speakers who worked as teachers.

When Elvis Presley died - 16 August 1977 - I was trying to make a living in Rio de Janeiro and Julio was my only friend in town. I rented a room with a family who lived on the top floor of a Botafogo high-rise and I felt terribly lonely. I remember going out with Julio to a night-club called 266 West in Copacabana where he danced like crazy to the sounds of Thelma Houston's 'Don't leave me this way' and Donna Summer's 'I feel love'. 

Even though I had found a teaching job at Brasas in Rio I was not happy at all and after a few weeks I decided I didn't want to live there anymore and came back to São Paulo.

Not long after that, Julio also came back to São Paulo and got his old job back at Fisk Schools. During day-time he worked full-time as a clerical work at an office on Rua Estados Unidos and at night Julio would teach English at Fisk's Vila Mariana branch. As I had been teaching at Rebouças, in Pinheiros since I came back from the USA in early 1977, I introduced Julio to Dona Maria, the director-secretary who liked him and provided him with work.   

Around this time, as Julio was very resourceful, he teamed up with Dora and Eloina,  two of his co-workers at the office at Rua Estados Unidos, and rented a flat on rua da Consolação on the corner with Avenida Paulista. That was probably the time Julio was the happiest and the busiest. He led a free life having one-night-stands at the drop of a hat. At the same time he got involved with Dora who was a very attractive young woman. Dora became pregnant and they decided to start a new life. They got married and moved out to a flat on Avenida 9 de Julho. 

By this time we had grown apart even though we never broke up. I heard from common friends (probably Elena) that Dora had had Julio's baby but I never had the chance to see the child because I was teaching at a different school and soon I would be making a radical change and move to Australia.

Around 1983, when I had been living in Sydney for 2 years I found a free pay-phone in Annandale and rang Julio who then lived with Dora and a baby. Due to the different time-zone I think I rang him at an ungodly hour and Julio thought it was a hoax and hung up on me. I was so frustrated I didn't ring back for he wouldn't be patient to listen to an explanation why one was ringing at such an hour. 

That was the last time I heard Julio's voice. Much later I heard he had come down with the HIV and died some time in the mid to late 1980s. 

Julio was a free spirit! We had a kind of bond which united us somehow. He was dismissive of my conservative social behaviour but we got along... maybe we got along so well exactly for being so different from each other. 

Julio, dona Maria Turchinski & Luiz Amorim.
Nezel, Julio, dona Maria & Luiz at Fisk's Xmas Party 1977.
Michael Mingucci, Julio Galvão & Luiz Amorim in December 1977.
Fabia Fekete & Julio Galvão on a Saturday morning at Fisk's Rebouças-Unit front-yard.
Fabia who was a student and Julio, a teacher at Fisk's Rebouças-Unit in 1978

Tuesday, 21 May 2013

Luiz Antonio Amorim, my favourite cousin

When my cousin Luiz Antonio Amorim was born in Marília on 9 August 1961, I who was then 12 years old had already left the so-called 'maiden-city' (cidade menina-moça) for the capital city São Paulo. I only had the chance to meet him when he was already a teenager in one of my visits to Marília. We weren't contemporary: I was born in the late 1940s and Luiz Antonio was born in the early 1960s.

I travelled and lived abroad in the 1970s. When I was back in Brazil in 1977, I remember visiting Marilia and meeting a lot of my younger cousins whom I hadn't met before due to my having lived abroad and due to the age difference factor. I met Luiz Antonio... I thought he was a nice young man like all the others I had been introduced to.

Then, I travelled abroad again for most of the 1980s. When I was back in Brazil in the early 1990s, I started visiting Marilia more often and that's when I really came to know Luiz Antonio better and realized we had a lot in common... even though he was a Leo and I a Taurean. 

Luiz Antonio and I had a passion for politics... left-wing politics. But it was not only party politics that bound us together but a whole philosophical approach to life. I used to spend a few days in Marilia each time and we talked for hours and hours on end. I usually was a guest at Uncle Luiz and aunt Eunice so before we fell asleep in our separate beds we went on talking until we dropped.    
Luiz Antonio Amorim in April 1991... about the time we started a beautiful friendship.
Luiz Antonio with a Workers Party little flag. His political work was our main bond. It felt good to know I had a cousin who had a lot in common with me... even though I was 12 years his senior.
Rosana Frigo, Congressman José Genuíno and Luiz Antonio Amorim. Luiz & Rosana got married in ...
Gilberto, Luiz Antonio & older sister Rachel.
Luiz Amorim, Eunice Jamiwiski & her mother; the kids from left to right are: Raquel, Luiz Antonio, Gilberto, Rosana & Rogerio.
Alberto, Arthur, Luiz Antonio & Gilberto on a carriage on Rua Mato Grosso, Marília-SP - July 1972.
Luiz Amorim & Eunice Jamiswski in the 1960s.
Luiz Antonio, Rogerio & Gilberto in their bedroom...
Rosana Amorim & Wanderley's wedding.
Eunice, Rosana, Luiz Amorim & Luiz Antonio Amorim.
Luiz Antonio Amorim & Luiz Carlos Amorim... in the early 1990s in Marilia-SP.
clockwise from top left: Luiz Antonio, Rachel, Rosana, tia Eunice Jamiwiski, Fernando, Rogério & Luiz Carlos; Marília, 1977
Marília-SP.